CIDADÃOS ATENTOS, PRECISAM-SE
Duas das técnicas de manipulação de informação mais comuns são a exploração do medo e a exploração da ignorância, em detrimento da racionalidade e da comunicação integral dos factos.
Em matéria de pandemia temos assistido ao crescimento de ambas de uma forma preocupante, deixando as pessoas, as famílias e a sociedade à mercê de medidas avulsas e sem capacidade de crítica ou contestação.
Faz-nos bem de vez em quando irmos às fontes primárias, sobretudo quando percebemos que os intermediários (porta-vozes e jornalistas) recorrentemente não o fazem, mostrando apenas um aspeto da realidade, distorcendo-a.
Por exemplo, existe um site oficial de vigilância da mortalidade em Portugal, que nos dá os números de óbitos em tempo real desde 2009.
Ao dia em que escrevo este artigo, 22 de novembro de 2021, registaram-se em Portugal 334 óbitos, 319 referidos como morte natural, um como causa externa e 14 em investigação.
Na mesma fonte oficial, à qual todos temos acesso, a mortalidade é referida como “dentro do esperado”, não no contexto da pandemia, mas no contexto global dos óbitos no país.
No entanto, a imprensa do dia, que continua a bombardear-nos com os números da pandemia (mas ignora olimpicamente todas as outras patologias bem como o perfil da letalidade, mesmo dentro do quadro pandémico), sai com manchetes do género “Número mais elevado de mortes covid nos últimos três meses” (18) e “Incidência e Rt voltam a subir”.
Tivemos um desígnio nacional chamado vacinação, que aliás cumprimos com sucesso, sabendo de antemão que não nos livraria das transmissões, mas da letalidade.
Com praticamente 90% da população vacinada (ao contrário da maioria dos países do centro da Europa onde milhões se recusaram a tomar a vacina e estão agora a pagar as consequências), pergunto-me: por que havemos de continuar a insistir, a alimentar o medo e a questionar de novo as liberdades mais básicas?
E por que se continua a alardear apenas uma pequena parte e, mesmo essa, parcelada?
Sejamos racionais e, à falta de uma mediação capaz, procuremos nós as fontes credíveis para podermos ver o quadro todo, tomarmos as nossas decisões com total consciência, e vivermos em paz. Não é difícil, é necessário.
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(Fonte: Vigilância da Mortalidade, dia 22 de novembro de 2021)
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